Ação truculenta da GCM em Diadema reprime manifestação popular contra perda da Saned

Publicado em 11 de Setembro de 2013.

Clipping elaborado pelo Instituto Diadema de Estudos Municipais

Em manifestação na última quinta (05/09), contra a entrega da Empresa de Saneamento de Diadema (Saned) para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), votada na Câmara de Vereadores de Diadema naquele dia, 150 moradores da cidade protestaram no corredor de trólebus em frente ao prédio da Câmara. A entrega da Saned foi aprovada por 15 votos contra 6. Somente os vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT) votaram contra a perda da Saned.

A manifestação era pacífica até o momento em que a Guarda Civil Municipal (GCM) interveio com excesso de força, lançando spray de pimenta e golpes de cassetetes contra os manifestantes, inclusive idosos. Veja vídeo disponibilizado na internet (https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ynfAIJkSpgw).

 Informados sobre a violência da GCM contra os cidadãos, alguns vereadores saíram da Câmara para impedir que a violência aumentasse. Os vereadores Josa Queiroz e José Antônio da Silva, ambos do PT, tentaram acalmar os ânimos e acabaram também sendo feridos pelos GCMs.

O atual prefeito da cidade, Lauro Michels (PV), em entrevista coletiva, na sexta-feira (06/09), em que tentou explicar os termos da entrega da Saned à Sabesp, desconversou quando questionado sobre a ação da GCM na Câmara, mas prometeu instaurar um processo administrativo.
(http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=53413)

Na mesma entrevista, o prefeito se disse preocupado com a possibilidade de novas manifestações e apontou que a consulta pública sobre os termos do contrato com a Sabesp pode ser feita via internet. Lauro Michels informou que alguns termos da negociação não podem ser mudados. Segundo ele, “a ideia é que o contrato continue límpido, da forma que o esculpimos. Não adianta colocar cláusulas utópicas como (...)  mais tarifa social".
(http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/419053/diadema-tera-audiencia-publica-sobre-contrato-entre-paco-e-sabesp/)

Durante a coletiva, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, não informou qual será o valor do reajuste da tarifa para os serviços de saneamento em Diadema.  A Sabesp vende hoje o metro cúbico da água tratada para Diadema por R$ 1,43, mas a prefeitura da cidade paga para a Sabesp apenas R$ 0,90 centavos. Esta diferença entre os valores cobrados e pagos é que supostamente gerou a dívida hoje cobrada pela Sabesp, que acarretou no sequestro da Saned. O morador de Diadema paga hoje para a prefeitura os 0,90 repassados para a Sabesp. A partir de 2015, no entanto, o valor será aumentado gradativamente pela empresa de saneamento estadual.







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